Ben Sulayem promove mudanças na FIA e pode dificultar candidatura de Carlos Sainz

Controvérsia na FIA: Mudanças que Podem Impactar as Eleições
A Fórmula 1, um dos esportes mais emocionantes do mundo, está passando por um momento de tensão e incerteza. O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Mohammed Ben Sulayem, propôs uma série de alterações que podem não só aumentar seu controle sobre a entidade, mas também dificultar a concorrência nas eleições presidenciais programadas para dezembro. A situação levanta questões sobre a transparência e a integridade do processo eleitoral, colocando em xeque o futuro do automobilismo.
Alterações no Registro de Candidaturas
Uma das propostas mais polêmicas envolve a antecipação do prazo para o registro de candidaturas, que agora foi estendido de 21 para 49 dias antes da eleição. Essa mudança foi interpretada por muitos como uma estratégia para dificultar a organização de campanhas de oposição, permitindo que Ben Sulayem mantenha sua posição de poder com menos concorrência. A nova regra levanta preocupações sobre a equidade do processo eleitoral e a possibilidade de que vozes alternativas sejam silenciadas.
Critérios de Elegibilidade Controversos
Outro ponto de controvérsia é a implementação de um novo critério de elegibilidade que proíbe candidatos com histórico que “comprometa sua integridade profissional”. Embora a intenção pareça ser a de assegurar um padrão ético na liderança da FIA, analistas do automobilismo apontam que essa regra pode ser uma tentativa velada de barrar a candidatura do bicampeão mundial de rali, Carlos Sainz. O piloto expressou interesse em concorrer, prometendo trazer uma visão mais moderna e democrática à federação. No entanto, sua ligação com a Fórmula 1, através de seu filho, Carlos Sainz Jr., que compete pela Ferrari, pode ser usada como um argumento para questionar sua imparcialidade, dependendo da interpretação subjetiva da nova regra.
Reestruturação Interna da FIA
Além das mudanças nas eleições, Ben Sulayem também alterou a estrutura interna da FIA, permitindo que ele nomeie até 16 membros do Senado da entidade. Isso significa que o presidente terá uma influência significativa nas decisões estratégicas da federação. Além disso, agora é necessário o aval do próprio presidente e do presidente do Senado para que investigações dos comitês de ética e auditoria sejam iniciadas. Essa mudança reduz a independência desses órgãos, levantando mais preocupações sobre o futuro da entidade